Pranto.

Não consigo enxergar por sobre os ombros do gigante do pranto.

Ele me esconde o rosto, e agora, eu temo, viver!

Eu sei, o quanto, a vida treme, em minhas mãos...

Viver, apenas viver, sempre viver, e conduzir tudo, com sapiência.

Sapiência que vem da epistemológica vida, cheia de fascínio, e luz.

Eu conduzindo esse trenó, esse destino, essa biga, da paz, da mentira.

Essa vida, que apenas é, e nada mais.

Esse escândalo de apenas duzentos mil anos...

Essa opulência que guarda os malditos sons do Apocalipse...

Que chega para o bom e o mal...

Pranto! vá para longe com seu gigante: A vida.

Pranto, enlouquece os mais néscios, e os mais sábios...

Com seu sabor salgado de arrependimento ou dor.

Pranto suaviza minha fé em Deus: E ressurja em meus olhos.

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 27/05/2011
Código do texto: T2996959
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