NO PLANGER DA VIOLA
Ouve a viola que toca à beira da estrada?
Quão plangentes são feridas as tristes cordas!
Que dor sente ali aquele desgraçado?
Ele perdera o amor, nesta hora acorda:
Bebera a noite inteira pelo amor perdido,
Perdera tantas horas lamentando a dor,
Ouvira confidência, Ilusões contidas,
Nada há em seu peito, nem aurora, nem flor...
E eu o ouço, sentado aqui neste banquinho,
Malgrado o tempo perdido eu me iludo
Ouvindo o infeliz à beira do caminho...
E aqui neste terceto eu digo que o ouvia
Parado na estrada e, sentia aquilo tudo
Que o triste violeiro lá dentro sentia.