CAMINHEIRO LITERÁRIO
Posso me embrenhar nas linhas tortas
De um poema sem métrica e pronto
Caminhar nos núcleos de um romance
Ou no ritmo rápido de um conto.
Ainda me afogar numa leitura
De um livro que não tem autor
Escrito sem a força do lápis
Narrando um tema sem pudor.
Mesmo assim caminharei no solo
Que outrora foi tido como sagrado
E deitarei levemente no teu colo.
Antes que eu me torne isolado
Buscarei articular um Pólo
Parque tu me chamar de amado.