Soneto do cão destilado em homem
O soluçar inaudito de um cão
Que acuado e paulatino se esvai
Não atrai adeptos cães por paixão
A enxugar do animal soro que cai
O cão silencia indigno e perfeito
Esmera-se em estar ébrio, porém cala
Para conjugar o erro e seu efeito
Não cair o epitáfio em comum vala
No silêncio que a dor minha se apaga
No escuro quarto inerte, sem vida
Há um cão calado que se me afaga
Donde o respirar de ambos se confundem
Por chorar do mesmo da triste lida
Onde os anseios, por erro, sucumbem