Remanso

Na curva do rio tem um remanso

Onde a correnteza corta e dança

Trazendo mais águas da bonança

Aquele sonho qual já não alcanço

Lá a água rodopia a correr mansa

Se o sol que reflete o seu balanço

Naquela curva, onde eu me lanço

E deposito toda minha esperança

Se em suas margens eu descanço

Assim, viajo em minha lembrança

Tal quando eu era só uma criança

Curva, se me parecia algo imenso

Se ela não poderia ser tão infensa

Tal qual, pesar da minha sentença

Valdívio Correia Junior, 24/05/11