SONETO A TIO PAULO
Hoje as aguas cobriram os ceus
mas num unico firmamento ele estava lá
prurido de impurezas era réu
circundado de lamurias na cabala.
Nem um terço
ou quarteto
foi ouvido em seu lamento
afogado em cachaça! disseram: com intento.
Eram versos, prosas ou alento?
dum silencio repentino, o tormento,
lágrimas, velas, soluços no relento...
Olhares tristes, outros sem sentimento
em fim a vida se foi; desalento
mas que um novo ciclo se propague sem sofrimento.