SONETO A TIO PAULO

Hoje as aguas cobriram os ceus

mas num unico firmamento ele estava lá

prurido de impurezas era réu

circundado de lamurias na cabala.

Nem um terço

ou quarteto

foi ouvido em seu lamento

afogado em cachaça! disseram: com intento.

Eram versos, prosas ou alento?

dum silencio repentino, o tormento,

lágrimas, velas, soluços no relento...

Olhares tristes, outros sem sentimento

em fim a vida se foi; desalento

mas que um novo ciclo se propague sem sofrimento.

Cristiano Leandro
Enviado por Cristiano Leandro em 24/05/2011
Código do texto: T2990727
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