Soneto Para a Loucura

Minha insanidade por entre teus passos anda solta

Usando sobre sua pele a própria razão como roupa

Contida em cantos e recantos anda porém ela

Guardando risos mordazes na garganta rouca

E fala com a clareza como se a lucidez fosse

Com um discurso sóbrio que sempre convence

Há entretanto, em teu seio uma incontida mentira

De palavras sonoramente dubias e tom eloquente

Sente e olha com tão doces olhos de paz

Que ninguém em são concenso afirmará

Quão sentida incoerência tal olhar traz

Cinéfilo e também ator da própria vida a encenar

Por entre passos e pessoas caminhando a esmo

Em nenhures, constante busca, uma cura desvendar

Viviane Tavares
Enviado por Viviane Tavares em 24/05/2011
Código do texto: T2989700
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