SENTIDA
Estou sentida e amarga como o fel
De desgosto estou exausta afundo
Nesse mar indefinido e escuro
Se emergir consigo, nem diviso o céu
Se permaneço inerte sei que morro
Não me aludo a essa morte concreta
Que simplesmente se morre e enterra
Mas daquela que mata os sonhos e alegria
Leva o brilho dos olhos, sem o luar no céu
Leva-me o ar, sem meu bem para beijar
O que terei eu? Nada me importa, vivo ao léu
Fico eu uma sombra vazia, vagando a beira mar
Procuro minha autoestima, que dia desses se perdeu
Sei que haverá reencontro, mas agora esse abandono sou eu!