Olhos de poesia
Se um dia quiseres reencontrar os olhos que um dia
Lhe prometeram sentimentos sublimes e respeito,
Ante aos aparentes torpor, descaso e preconceito
E assim se descuidaram em caótica desarmonia...
Verás que hoje recuperaram o extraviado brilho!
Em outros momentos, curou-se a lúgubre ferida,
A estrutura é outra que envolve a graça e a vida
E já dos olhos não cai uma lágrima, é outro trilho.
As experiências de hoje apagaram o engano, juro!
Que sempre acomete aos que tem bons intuitos, sem maestria:
Ousar transformar aquilo que é profano em puro...
Verás que aquela já não sou, que os ares são outros,
A triste vida tomou nova miragem, nova paisagem, nova poesia
O sentimento outrora ofertado hoje destino para poucos.