AUSÊNCIAS
Odir, de passagem


Sob um falso sorriso eu me escondo
do tempo, atemporal nas desistências.
As distâncias me falam. Não respondo.
Prefiro ouvir os sons das reticências...

Quase nada de estrelas se antepondo
à mutação da noite das ausências.
Anoitece nos passos em que sondo
do que fui, do que sou as consequências.

Busco alegrias junto ao meu passado
perdido nas ladeiras das demoras
dos encontros de amor desencontrado.

Enquanto o meu olhar desperta auroras,
ensaio cores para o descorado
vagão do vento onde se vão as horas.

Vagão que soa lágrimas sonoras
nos carris com destino ignorado...

JPessoa, 22.05.2011
oklima
Enviado por oklima em 22/05/2011
Código do texto: T2986804
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