MÃO DE DEUS

Ninguém quis preservar minha memória
Ficarei para sempre esquecido
Nada importa a ninguém eu ter vivido
Não quiseram saber da minha história

Meu nome rejeitaram como escória
Não obstante na vida eu hei vencido
Poderia ter sido mais querido
Com mais mimas, honras e mais glória

Pisei no cadafalso e aflito
Na escuridão da noite dei um grito
Tateando como cegos bartimeus

Num ímpeto, eu acordei sozinho
Mas pude deleitar-me com o carinho
Da amiga e afável mão de Deus