CADEIAS

CADEIAS

Carmo Vasconcelos

Há cadeias ocultas que mais prendem

Do que correntes de aço em sua dureza,

Finos liames, grampos que não fendem

Nossa alma... Tal dos elos a leveza.

São subtis laços sem nós prepotentes,

Atados suaves sem linhas amargas,

Embrulhos de amor e paz oferentes,

Soltos enlaces sem pesadas cargas.

Que sejam as amarras cordas de oiro,

Filigrana co’a força do marfim,

Consútil de um amor até ao fim...

E que o seu peso não seja o desdoiro,

Que leve um ser amado à insanidade,

Na angústia pela luz da liberdade!

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Lisboa/Portugal

14/Abril/2009

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Carmo Vasconcelos
Enviado por Carmo Vasconcelos em 19/05/2011
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