Soneto a Carlos Pinto
Saindo das tavernas escuras
Boêmio, caminho na estrada
Solitário anjo em mazelas
Insóbrio em toda parada
Nascido das dores do mundo
De tanto lamento enfurece o mar
Mãos que suspiram atos imundos
Traindo o que se daria ao amor
Satirizando a vida: que alegria?
Tranqüilo em mim. Como queria!!!
Livrar-me do desalento não saberia
Poderia a vida me ser justa,
Partindo das amarguras
Untando a alma em lamúrias?