Soneto a Carlos Pinto

Saindo das tavernas escuras

Boêmio, caminho na estrada

Solitário anjo em mazelas

Insóbrio em toda parada

Nascido das dores do mundo

De tanto lamento enfurece o mar

Mãos que suspiram atos imundos

Traindo o que se daria ao amor

Satirizando a vida: que alegria?

Tranqüilo em mim. Como queria!!!

Livrar-me do desalento não saberia

Poderia a vida me ser justa,

Partindo das amarguras

Untando a alma em lamúrias?

Paulo Poeta
Enviado por Paulo Poeta em 22/11/2006
Código do texto: T298087