Sou poeta
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Deus da humildade, da bênção e do perdão.
Sou filho das musas, deidades que serão
eternamente deusas d'algum amor cretino.
O varão que profana sem medo, urge menino.
Os amores, todos terão força de luz.
Se bocas, sussurros, gemidos e maldades,
escondem de mim intenções d'outras verdades,
serei, sutilmente, a insana flor da cruz.
Fortes raios que espancam o semblante ardentemente
exorbitam serenas mecenas do fortuito...
Em sendo amor, ergue-se sem pejo, é gratuito.
Que se digladiem o profano e decoroso;
que o meu amar deveras vil, louco e pegajoso,
reverbere infinda dor: dó que se não sente.
Nijair Araújo Pinto
Crato-CE, 18 de maio de 2011.
02h13min