ESPOLIADO
Cinge-me a solidão, meu coração,
Isolado, reclama viver triste,
Chego a pecar pensando em Deus, que insiste
Em não me revelar a direção,
Que insiste em não pegar em minha mão
Que dessa lida lúgubre desiste,
Sem compreender o que realmente existe
Entre o pálido céu e o duro chão...
Meu caminho juncado com espinho
Parece nem chegar ao horizonte,
Meu sonho teme caminhar sozinho...
Se eu tenho que sofrer sem ver a luz,
Por que, afinal de contas, n’algum monte
Aquele homem subiu n’alguma cruz?!