DESTINO

D E S T I N O

enquanto em cismas me detenho, a vida gira,

em cambalhotas de sonhos reais se desnuda.

em circunstância adversa meu sonho transmuda,

se atento estou ou quando me distraio na mira.

dá-se ao fado a culpa quando uma ideia muda;

faz-se uso do “talvez”, ou da própria mentira;

talvez, ainda, até quem sabe, ao nada transfira.

toda uma carga que em nossas costas se gruda.

são meras conjeturas humanas e a crença;

sorte lançada: a sina faz a diferença;

não adianta remar contra as correntezas.

não crê o homem, tudo o que ele faz é seu destino?

se fez as coisas erradas desde menino,

é hora já de responder por suas vilezas.

Afonso Martini

160511

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 17/05/2011
Código do texto: T2975210
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