O violão dela
Quando tocas teu violão, compenetrada,
Ao som da música cantando docemente,
É como se um véu envolvesse-me a mente
E não penso, em absoluto, em mais nada.
Deliro ao ver tua mãozinha delicada
A dedilhar corda após corda, meigamente,
E sinto que posso dormir tranquilamente
Ouvindo os tons de tua voz aveludada.
Num paroxismo de profunda emoção
Não deixo de, no âmago do ser, desejar:
Quem dera ser as cordas de teu violão!
Deixa-me sentir tuas mãos a dedilhar
As cordas que trago aqui, em meu coração –
Em meio a uma canção de amor quero expirar!