O violão dela

Quando tocas teu violão, compenetrada,

Ao som da música cantando docemente,

É como se um véu envolvesse-me a mente

E não penso, em absoluto, em mais nada.

Deliro ao ver tua mãozinha delicada

A dedilhar corda após corda, meigamente,

E sinto que posso dormir tranquilamente

Ouvindo os tons de tua voz aveludada.

Num paroxismo de profunda emoção

Não deixo de, no âmago do ser, desejar:

Quem dera ser as cordas de teu violão!

Deixa-me sentir tuas mãos a dedilhar

As cordas que trago aqui, em meu coração –

Em meio a uma canção de amor quero expirar!

Galaktion Eshmakishvili
Enviado por Galaktion Eshmakishvili em 16/05/2011
Reeditado em 18/11/2021
Código do texto: T2974255
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