Absconditum mentis
Da noturna maldição num deserto,
Flui no lúgubre terreno dos mortos,
Mantendo sempre um delírio absorto
Da ceia sangrenta num saciar incerto.
Nos eivados seios feéricos desperto
Versos tristes do amante semimorto
Que em tópico vil chamam desconforto
Se for voz que uiva da tumba decerto.
Mão do poeta que aspira da desgraça
Tendo um coração sepulto e defunto
Nele amoldando uma emoção lassa.
Sabes escritor, quem sofre tanto adjunto,
Corte de espinhos em flor que transpassa
A morte que venha do abismo conjunto.
Herr Doktor