O Tempo!
Já se turvam os negros olhos
Que vira brilhar do sol a luz
Apagou-se o brilho do olhar
E ao cego não mais conduz...
Já empalidece a cor dos lábios
Que ria, sorria e seduzia
Silenciou-se a voz do sorriso
Cessou a tristeza e a alegria...
Já aquieta no peito o coração
Que sofreu de amores ausentes
Interrompeu-se o amor e a solidão...
Já recolhe do corpo a jovial beleza
Que de muitos arrancou suspiros
As rugas indicam o tempo de colheita...
Luzia Ditzz
Campinas, 15 de maio de 2011.