NÃO CONSIGO

Não consigo negar que te amo,

Nem te esquecer longe da vida;

Assim levando, soluçando, reclamando,

Olhos lacrimejando sob a pele encardida.

Não consigo esconder essa amargura

Que mingua meus sonhos, toma meu chão,

Joga-me pelos cantos, desertou-me da ventura,

Despiu minha alma, feriu meu coração.

Não consigo acalmar meus dias ociosos

Onde tudo me foge, deixa-me sem ação,

Aprisionada no descabido canto dos saudosos.

Não consigo retornar a bela sociedade.

A ficha me cai a todos instantes no dizer -vão-

Tu estarás eternamente comigo: sou a saudade...

DIONÉA FRAGOSO

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 15/05/2011
Reeditado em 15/05/2011
Código do texto: T2972134