VÊNUS VIVA

VÊNUS VIVA

través o diáfano da cortina,

em corta-luz, ante a nudez da lua,

contemplei a silhueta, também nua,

na escura alcova, que só ela ilumina.

era a melíflua visão que insinua,

diva estampa - altos relevos – fascina,

corpo mulher e alma pura – menina,

que aos olhos se esculpe e se perpetua.

sobre uma cama macia de alcova

não há o que em delícias não se comova,

ou veja somente rosas e lírios.

Que ante esses divos dons da natureza,

de femínea e tão doce realeza,

não vista o instante do insano delírio.

Afonso Martini

150511

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 15/05/2011
Reeditado em 15/05/2011
Código do texto: T2971225
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