VENTOS DE AMORES
VENTOS DE AMORES
Os ventos que trazem meus grandes amores...
Os mesmos que varrem as minhas vaidades
tornadas poeira girando aos vapores
de esparsas promessas e velhas verdades.
E acolho, em cuidado total, veleidades
alheias, estranhas a meus resplendores,
opostas a minhas despidas vontades,
antigos projetos e próprios valores.
Os ventos violentos penetram-me o imo
e o beijam afoitos e lambem meu limo,
deixando à mercê de seus quês meus alentos.
Ah, ventos que vêm com seus beijos... Eu amo!
Mas logo se vão e não voltam, se chamo.
E murcho me prostro a esperar outros ventos.