SONETO DA CONDENAÇÃO

Impaciente à sombra de um veredito

Vagueio e sofro vida afora

Tão triste me escondendo pelos cantos

Beijando sua foto toda hora

Deixo a porta da sala sempre aberta

Já não durmo esperando sua vinda

A saudade corroendo e na lembrança

Seus afagos e sussurros guardo ainda

Condenado, reduzido a quase nada

Vou arrastando o que me resta dessa vida

Sempre atado à chama que outrora ardia

Mas por certo a sentença já foi dada

E assinada no momento da partida

Já não vivo, morro um pouco a cada dia

Saulo Campos

Itabira MG

Saulo Campos
Enviado por Saulo Campos em 15/05/2011
Reeditado em 15/05/2011
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