FAVOR À FADIGA
Ouça, noctâmbulo de aroma etéreo
Que enforcas a verdade poética
Sufocas a rouca fonética
N'alma o teu horror, funéreo
Vives de morte, lápide cética
Adoras lágrimas, ser estéreo
Os nossos versos cinéreos
Um vento te espanta, patética
Sem forma, informa tristura
Dá as costas, sai rindo
Maldita a tua hora; ou não...
Ao enfado, faz favor, sorrindo
Pensas que mata esta amargura
Vais indo, mundo afora, em vão