VIDA DE TERNURA

VIDA DE TERNURA

Nos flavos alvores da aurora em lusco fusco,

transido em sono, embora, o olhar, na fria aragem,

nem carneirinhos pra contar tem na viagem,

enquanto a razão se alia à mente robusta.

Voa a alma buscar em sonhos a tua imagem,

só ouve o ignoto habitante da sebe vetusta.

Quer lhe indique o escarpado caminho da busca,

que conduza em asas de amor sua mensagem.

Mas quando encontrar seu tão florido caminho

Hás de fazer-te, minha alma, o próprio carinho;

mimo de flores do mais rico e doce olor.

... e quando houveres com carícias carinhosas,

morto o motivo da saudade escandalosa

viverás vida de ternura e muito amor.

Afonso Martini

130511

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 14/05/2011
Código do texto: T2969258
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