O Brilho da Safira
Se o ódio afincado manifesta e perturba, fluindo ausente,
A alma se abate, mas reage quando vê o brilho da safira.
Nada simples essa variedade de coríndon azul transparente,
Que transmite poder e ao mesmo tempo conduz a ira.
Excede um resto excêntrico, sem cautela e tão esmerado,
És bela, zelava numa cela instituída pela minha cisma.
E ao despertar mais voraz numa aflição quase consternado,
Fazendo de mais um dia, um dia cheio de carisma.
Onde está a pedra preciosa que encena ao meu favor?
Pode ser um grande amor ou um sentimento de comoção.
Desusada e formosa, até se findar não vou me expor,
Já me basta esse pesar com a coragem que tenho no coração
Pretendia almejar, na essência de uma alvorada,
Mas não consegui conquistar na carência a minha amada.