SUPLÍCIO DO PRAZER

SUPLÍCIO DO PRAZER

Como fonte fresca corres solta em meu sangue;

Tens cócegas de amor quando quente eu te sinto.

Navego fundo em subterrâneo labirinto,

Sinto-me arder na lama ardente do teu mangue.

Não tem o gosto nem a rudeza do absinto

Nem teus gemidos nem teus ais não me constrangem

Garras afiadas ferem bem fundo o que abrangem,

Amo o suplício do prazer se estou faminto.

Assim há vida paralela nos louvores;

não é plausível só trabalho junto às dores,

E não se acolhe só suplício ou só prazer.

Viver convida a ser vivido em plenitude;

corpo rima os próprias ritmos na juventude,

Neste plano o prazer é do homem e da mulher.

Afonso Martini

130511

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 13/05/2011
Reeditado em 13/05/2011
Código do texto: T2967368
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