ESTEIO

Meus versos são o esteio, apoio, são estacas.

Eu teimo em versejar para não sucumbir

à realidade amarga a me expor suas facas

que rasgam-me a esperança, o meu crer no porvir.

Poesia que amortece os crus e brutos socos

que ferem tanto o brio e sangram padecer...

Versar que refloresce os meus sonhos tão ocos

de um fado mais ameno, um pleno bem viver.

Bambo verso que abranda os açoites das falas...

E eu consigo alterar trajetórias de balas

para as águas mortais de um remoto oceano.

Mas a vida não é esses meus versos tolos.

Enquanto avivo a calma, amparado em consolos,

ela me crava ao peito a crueldade do humano.

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Muito obrigado, querida Angelica Gouvea, pelo encantador acróstico que criou para mim. Ah... esses mimos me derretem...

M e agarro neste teu esteio

A ssim quero ficar bem no meio

R epelindo a tristeza ivadindo meu seio

C orrendo atrás da alegria plena

O nde com a poesia mudo o tema

A gradeço a companhia que se fez presente em

U m espaço que encurta o pensamento e a mente

R evestindo da poesia para que o meu dia

E xplore os limites deste lindo universo e

L ivro dos algozes e dos perversos

I sto para também voce possa se alegrar e

O dia ficar mais bonito com este teu lindo versejar.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 13/05/2011
Reeditado em 31/05/2011
Código do texto: T2967096
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