ESTEIO
Meus versos são o esteio, apoio, são estacas.
Eu teimo em versejar para não sucumbir
à realidade amarga a me expor suas facas
que rasgam-me a esperança, o meu crer no porvir.
Poesia que amortece os crus e brutos socos
que ferem tanto o brio e sangram padecer...
Versar que refloresce os meus sonhos tão ocos
de um fado mais ameno, um pleno bem viver.
Bambo verso que abranda os açoites das falas...
E eu consigo alterar trajetórias de balas
para as águas mortais de um remoto oceano.
Mas a vida não é esses meus versos tolos.
Enquanto avivo a calma, amparado em consolos,
ela me crava ao peito a crueldade do humano.
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Muito obrigado, querida Angelica Gouvea, pelo encantador acróstico que criou para mim. Ah... esses mimos me derretem...
M e agarro neste teu esteio
A ssim quero ficar bem no meio
R epelindo a tristeza ivadindo meu seio
C orrendo atrás da alegria plena
O nde com a poesia mudo o tema
A gradeço a companhia que se fez presente em
U m espaço que encurta o pensamento e a mente
R evestindo da poesia para que o meu dia
E xplore os limites deste lindo universo e
L ivro dos algozes e dos perversos
I sto para também voce possa se alegrar e
O dia ficar mais bonito com este teu lindo versejar.