GOSTO ACRE...

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Veio-me, lá da alma, a tristeza,

Misturada a imagens distorcidas;

Trazendo um gosto acre de crueza,

Em taças transbordantes, bem servidas!...

Embriaguei-me, sim, nestas saudades!

Ai! Me fez chorar tanto! ... Que amargor!...

Ó lágrimas plangentes!... Caem as tardes!...

Deixa-me, pois, beber, deste meu licor!...

Esperarei silente, a madrugada,

Com as cortinas d’alma descobertas;

Quem sabe, não virá um belo sonho?

Tudo falso! É morte anunciada!...

Sei, andarei nas ruas mais libertas

Mas, sempre tão sozinho e mui tristonho!...

Aarão Filho.

São Luís-Ma, 12/05/2011

Aarão Filho
Enviado por Aarão Filho em 12/05/2011
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