PALOR DA MORTE...

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Tenho-me, no palor da morte, agora,

Inerte, nesta urna tão profunda,

Além do ar da vida, que m’agoura,

Eis que já desço à cova que m’afunda!...

Não levo nada! Nada para lembrar,

Desta terra palúdica, tão falsa,

Senão as belas notas de uma valsa,

Que, pelo céu, com anjos, hei de dançar!...

No meu corpo sombrio, tão funéreo,

Na expressão do meu rosto, tão cimério,

Verás minha distância desta vida...!

Despenderam-se as folhas, pelo aéreo

Espaço funeral do cemitério,

Soprando bem ao fundo, a minha ida!...

Aarão Filho.

São Luís-Ma, 11/05/2011

*************************ANA FLOR DO LACIO***********

Nunca. Nunca o palor da morte

Te cubra a suave pele do rosto

Sempre te bata à porta a sorte

Nunca traga o mínimo desgosto.

Ainda que teu alento desfaleça

No teu coração o amor prevaleça!

OBRIGADO, ANA PELA LINDA INTERAÇÃO! BEIJOS!

Aarão Filho
Enviado por Aarão Filho em 11/05/2011
Reeditado em 12/05/2011
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