Soneto n.201
Se o encanto da mocidade passa,
poderá, em mim, estar ausente,
entanto o ardor vem docemente
e me torna mais passional, lassa.
É um grilhão que vem, me enlaça
e, tão solitário, meu corpo sente
com tal paixão forte e fremente,
que me torna u'a mulher devassa.
Não, não passa e, em meu leito
sonho: sinto-te quando eu deito,
pois o teu amor quero ... procuro.
Na densa treva do quarto escuro,
sou mulher plena e sem segredos,
te achando na pontinha dos dedos!
Silvia Regina Costa Lima
16 de março de 2011
Obs: Soneto do eu-lírico
(na foto, Silvia Regina num "erro fotográfico"...rs)
Se o encanto da mocidade passa,
poderá, em mim, estar ausente,
entanto o ardor vem docemente
e me torna mais passional, lassa.
É um grilhão que vem, me enlaça
e, tão solitário, meu corpo sente
com tal paixão forte e fremente,
que me torna u'a mulher devassa.
Não, não passa e, em meu leito
sonho: sinto-te quando eu deito,
pois o teu amor quero ... procuro.
Na densa treva do quarto escuro,
sou mulher plena e sem segredos,
te achando na pontinha dos dedos!
Silvia Regina Costa Lima
16 de março de 2011
Obs: Soneto do eu-lírico
(na foto, Silvia Regina num "erro fotográfico"...rs)