FAÇA DE CONTA
Odir, de passagem
Que não fui eu quem fez, faça de conta,
a respeito dos versos que lhe fiz
por culpa da minh’alma meio tonta,
a cochichar-me coisas que não diz.
De quando em vez ela, iludida, apronta
uns sonhos que sonhar jamais eu quis,
e só por não querer, ela me afronta
versando versos vagos de aprendiz.
De meu peito poupando a cicatriz,
vivo versos de amor de pouca monta,
evitando do viso o vis-à-vis.
Porém se o pranto em seu olhar desponta
ao ler um verso meu, em sendo atriz,
que não fui eu quem fez, faça de conta!
JPessoa, 09.05.2011
oklima
Odir, de passagem
Que não fui eu quem fez, faça de conta,
a respeito dos versos que lhe fiz
por culpa da minh’alma meio tonta,
a cochichar-me coisas que não diz.
De quando em vez ela, iludida, apronta
uns sonhos que sonhar jamais eu quis,
e só por não querer, ela me afronta
versando versos vagos de aprendiz.
De meu peito poupando a cicatriz,
vivo versos de amor de pouca monta,
evitando do viso o vis-à-vis.
Porém se o pranto em seu olhar desponta
ao ler um verso meu, em sendo atriz,
que não fui eu quem fez, faça de conta!
JPessoa, 09.05.2011
oklima