Tortura própria
Nessa vida onde testava dia a dia todos meus nervos
via que a dor era a condição inexorável à existencia
tristemente percebi como me era dificil a clemencia
ao escolher afiadissimas facas entre os meus acervos
É o cumulo do inutil eu negar quão mal eu me conservo
nas aguas das lágrimas que mancharam com insistencia
ambas as minhas lentes como que em uma clarividencia
por onde bizarrissimos objetos eu, sem clareza, observo
Deus meu, será mesmo só na morte
que encontrarei raizes de boa sorte?
Acho na vida nada de aproveitavel
Com afiadas facas escoo meu sangue
vaza o liquido como lama no mangue
neste corpo sujo e execrável