DESVENTURA...

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Desnudou-me um sorriso da janela

Aberta aos lírios brancos, pelas ruas...

Seus olhos pareciam duas luas

Nas órbitas mais lindas, tão mais belas...

O negro dos cabelos, cor da noite,

Profundamente belo, penteado,

Já causavam ao vento certo aloite,

Por ser um véu tão lindo e perfumado...

Diminui o passo, em surdina,

Para olhar minha dama, tão menina,

Nas feições do seu rosto de ternura...

Ó quanta desventura! Triste sina!

Foi apenas quimera vespertina

Acordei com a tarde quase escura!...

Aarão Filho

São Luís-Ma, 21/03/2011

REPUBLICADO EM 09/05/2011

Aarão Filho
Enviado por Aarão Filho em 09/05/2011
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