ESTRELA E PIRILAMPO
Eu sempre fico com a primeira estrela,
estrela linda, estrela luz,
e nos meus lábios o azul de um anjo
que de tão pequeno num poema pus.
E a noite segue num caminho lácteo
com vastas roupas roçando o chão,
na gola alta um gnomo cáqui
e luas brancas na palma da mão.
É madrugada, quietude plena,
e os pirilampos em fragatas verdes
já se despedem da manhã serena
que há de vir. E meus poucos textos
entre o azul que se forma lasso
guardam segredos em pequenos cestos.