ESTRELA E PIRILAMPO

Eu sempre fico com a primeira estrela,

estrela linda, estrela luz,

e nos meus lábios o azul de um anjo

que de tão pequeno num poema pus.

E a noite segue num caminho lácteo

com vastas roupas roçando o chão,

na gola alta um gnomo cáqui

e luas brancas na palma da mão.

É madrugada, quietude plena,

e os pirilampos em fragatas verdes

já se despedem da manhã serena

que há de vir. E meus poucos textos

entre o azul que se forma lasso

guardam segredos em pequenos cestos.

Enzo Carlo Barrocco
Enviado por Enzo Carlo Barrocco em 30/06/2005
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