Salvaguardar

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Salvar eu salvei sem nenhum temor...

Dei provas não contestes do ardor

que assaz movimenta assim minh’alma,

sendo luz duma dor que clama calma.

Se sou senhor supremo sem sermão.

Se não me busca sempre n’aflição.

Outra mão que não a minha você sente:

mão estendida, firme, num repente.

E ai de mim se, mesmo estando ausente,

quando esse tal’iminente e vil perigo

chegar, eu não puder ser o seu abrigo.

Sentir-me-ei culpado, dor premente,

alvissarando meu desejar ínclito,

do meu eterno perdão, nunca fortuito.

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 08/05/2011
Código do texto: T2956799
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