CANTO ESCURO
Perene aquela dor e aparecia,
conforme uma tristeza, colorida
das cores desbotadas desta vida,
sem graça, sem prazer, sem alegria.
A trégua nunca vem e nos traz paz,
porém se tudo passa, a dor também
e, mesmo, nesta terra de ninguém,
nenhuma das escusas satisfaz.
O medo mais guardado tinha forma
das noites sem luar. Era tremendo!
E, desde os velhos tempos, vinha sendo
o vácuo poderoso que transtorna.
Inútil esconder, negar seu nome:
— a praga nos devasta e nos consome.
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