FIM DA VIDA
(Lembrando o amigo e exímio poeta Derek Soares)...
A face alva, vítrea, tão sem vida,
Serena, entre as flores perfumosas...
N’alvo lençol de pétalas de rosas,
Emoldurada, triste, na sua partida...
As suas mãos, unidas, bem laçadas,
Ostentavam em pérolas de contas,
Um antigo rosário, pelas pontas,
Dos dedos... Orações inacabadas!...
Com as aldravas em cor alva, tão leve,
A urna, em madeira tão polida,
Guardava aquele corpo, tão cingido...
Já era fim de tarde, vento e neve;
Florescia saudade... Tempo ido...
Tudo, então, acabado!... Fim da vida!....
Aarão Filho.
São Luís-Ma, 28/02/2011
REPUBLICAÇÃO EM 06/05/2011