AUSÊNCIAS
Era uma vez um trem, já de partida,
e a jovem que corria pra embarcar,
e o adeus flutuando pelo ar
— a lágrima escorrendo uma dor líquida.
E sempre uma estação para lembrar,
um rosto, uma figura esmaecida.
A força para a glória de uma vida
ficara entre as paredes de outro lar.
Era uma crise fatal, sem solução;
impossibilidade natural
de ter o que quisera ter então...
Restava um gesto antigo contra o mal,
manter sob controle o coração,
que os trens chegam e partem, sempre igual.
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