SONETO DE TEMPORALIDADE

Então quietamente tudo se desfaz

E a vida essa aventura errante

Desvanece assim trôpega e fugaz

Na finitude de cada vão instante

Sonhos, dores, reminiscências d`amores

A agonizar trafegam desvairados

Na penumbra de derradeiros corredores

Que por fim traz a todos aprisionados

Lentamente o que fora primavera

Agora sem tons, sem cores se entrega

Ao frio inverno d`outra atmosfera

Em tudo espectro do que antes era

Somente sonho dos tempos de outrora

Somos presas do “incerto” que espera

Gilmar Faustino
Enviado por Gilmar Faustino em 05/05/2011
Reeditado em 30/05/2011
Código do texto: T2951075
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.