SONETO DE TEMPORALIDADE
Então quietamente tudo se desfaz
E a vida essa aventura errante
Desvanece assim trôpega e fugaz
Na finitude de cada vão instante
Sonhos, dores, reminiscências d`amores
A agonizar trafegam desvairados
Na penumbra de derradeiros corredores
Que por fim traz a todos aprisionados
Lentamente o que fora primavera
Agora sem tons, sem cores se entrega
Ao frio inverno d`outra atmosfera
Em tudo espectro do que antes era
Somente sonho dos tempos de outrora
Somos presas do “incerto” que espera