Soneto de significante
Não te posso descrever-me! podes ler!
Linguagem é cousa que não se usa mais!
Só o silêncio é passagem para amar-te em silêncio
Do que não sei e nem sei o que me faz!
Um pouco sei que sou tua, apenas um pouco!
Um pouco nem sou um pouco de mim...
E nem existo onde não sei, que vivo tão louco
Como posso existir se nem me conheço o fim?
Por que me comparar a qualquer cousa?
Sou cousa qualquer em parte alguma!
Sou nenhuma cousa que precisa de significante
Errante é te sentir e não sentir o que sentia
É te contar dessa cousa que por viver me tinha
É só pensar em ti que nem sei quem é... a cada dia!