O Arqueiro
Desfigurada e ardente, como fogo.
Uma flecha reluzente, sem direção.
Procurando um alvo perfeito, seu coração.
Como a fúria de um arqueiro, te rogo;
E peço-lhe que perdoe-me, quero-te logo.
Com profunda clareza e exatidão.
Vejo-te hoje, mas amanhã talvez não;
Portanto, tudo para o alto, por ti eu jogo,
De abraços abertos, ao entardecer deste dia,
Que poderá ser o último, ou o primeiro,
Sinto-me alheio, natural insegurança,
De um simples diletante, que te aprecia,
E que lembras como ninguém do teu cheiro.
Pois ainda te espera e tem esperança.