Caminhante Noturno

Na noite chega e, de repente,

Os corpos se firmam no chão

O medo escorre da mão

E a lembrança atordoa a mente.

O luto de antes se finda

Há sinais de um novo chegando

Mesmo antes, mesmo rindo, mesmo amando

Mesmo agora, quando estás linda.

Ao me ver, suplica um momento

Por meu ato, seus erros, desatino.

À sombra de suas formas me deito

Me levantado, pobre clandestino

Vejo em seus olhos o efeito

Ao ceifar sua vida de tormento