Lágrimas de Bronze

Dispersam-se dos altos campanários,

Ecos de movimentos compassados;

São carrilhões que choram solitários,

Profundos timbres de metais magoados.

Os seus badalos longos, centenários,

Pendulam em harmônicos chamados,

Plangendo sempre nos sacrais horários,

Sonoros prantos, graves e ritmados.

Em dobres que se alongam pelo ambiente,

Ferem-se os bronzes incessantemente,

Em lástimas, ressoando os seus destinos...

E em cada badalada, lenta, calma,

Eu ouço a estremecer no fundo da alma,

O soluçar de todos esses sinos.

25 de Abril de 2011

*Reescrito em Agosto de 2024.

Derek Castro
Enviado por Derek Castro em 01/05/2011
Reeditado em 19/08/2024
Código do texto: T2942384
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