Soneto da Voz que se cala.
Nesses desencontros que as vidas percorrem
Secam as belas rosas silenciosamente.
Caminho entre a terra tristemente.
Lamentando os nossos amores que morrem...
Agarro-me as pedras desgastadas que sobraram
Pois se perde o que construímos com tanto amor
Por que tudo se vai, e o que resta sempre é a dor
Sufocando os corações dos que amaram?
Sem entender sigo sem rumo na plena abstinência
Porém me canso desta bendita “inocência”
Que não nos deixam ir além de nosso ego.
E por entre meus caminhos tortuosos
Sonho com amores virtuosos
ao murmúrio da minha calma voz que se cala.