DESPREZADO

Teu desprezo maltrata, é pungente
Dói demais ver minguar nossa flama
Confessando a saudade que sente
Coração lacerado te chama

Feneceu meu olhar rutilante
Por negrume é cingido o poema
Essa angústia é demais sufocante
Esperar, esquecer... Oh, dilema!

Tua boca tão doce, macia
Os momentos de amor, fantasia
São lembranças em mim tatuadas

Sofro tanto sem norte, à deriva
Torturante, o pensar traz a diva
Companheira de intensas jornadas