AOS AMIGOS DO RECANTO
Aos amigos do Recanto
Do silêncio nocturno me levanto
Por entre os vidros das janela
Olho o nevoeiro de denso manto
Que minha esperança cancela
E dos confins do meu canto
Na Beira Alta junto a Castela
Saúdo os participantes do Recanto
Que hoje estarão de sentinela
Pois cada um é um amigo
Cujo saber e amizade mendigo
Com palavras efusiantes
E embora seja velho demais
Quero beber dos mananciais
Que deles jorram, abundantes.