Balada do trabalhador

...Trabalho, e não vejo a vida passando.

Só caminho sem argúcia, e crente...crente que vivo.

...Trabalho e não badalo às horas de cada dia.

Sigo...refreando meus sonhos...

...Trabalho...e no dia em que paro, empalideço.

Minhas tetas já estão vazias...tudo se foi.

Com setenta, oitenta, ou cem anos: Fui peça.

Na engrenagem de um Sistema sem mel.

Ator num Palco sem luz, sem camarim, sem ribalta...

Pouco cochilei debaixo do Sol, que "Dizem" que nasceu para todos.

Todos, sim, todos os vorazes Marcadores de ponto!

Todos, os talentosos egocêntricos: usurpadores fiéis.

O fiel da balança estará sempre quebrado, diante de um trabalhador.

É assim mesmo como gado marcado, que é desmembrado...e fim.

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 30/04/2011
Código do texto: T2940408
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