O REPOUSO DE POETA
Como alguém que ajoelha a beira do rio,
E, abre a palma da mão a matar a sede;
Como alguém que de repente sente frio,
E, no doce balanço, se cobre com a rede.
Como alguém que chega a casa, cansado,
E logo se desvencilha do sapato que aperta;
Como alguém que dorme um sono pesado,
E, em meio ao mais lindo sonho... Desperta.
Assim sou eu ao abrir um livro de poesias,
Onde o poeta compôs de tristezas e alegrias,
Um rio tão cristalino... A saciar tantas sedes;
Assim sou eu a repousar a alma cansada,
E, depois de percorrer caminhos e estradas,
Faço de um livro de poemas a minha rede.