O REPOUSO DE POETA

Como alguém que ajoelha a beira do rio,

E, abre a palma da mão a matar a sede;

Como alguém que de repente sente frio,

E, no doce balanço, se cobre com a rede.

Como alguém que chega a casa, cansado,

E logo se desvencilha do sapato que aperta;

Como alguém que dorme um sono pesado,

E, em meio ao mais lindo sonho... Desperta.

Assim sou eu ao abrir um livro de poesias,

Onde o poeta compôs de tristezas e alegrias,

Um rio tão cristalino... A saciar tantas sedes;

Assim sou eu a repousar a alma cansada,

E, depois de percorrer caminhos e estradas,

Faço de um livro de poemas a minha rede.

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 29/04/2011
Reeditado em 29/04/2011
Código do texto: T2939353
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