Por onde as horas são em desvario - XXII
Por onde as horas são em desvario
Caprichos de uma estirpe dos sentidos
No espelho tremulante do arrepio
Em tesouro lacrado refletidos
E tudo vira imagem da arrelia
Que súbito prazer paixão povoa
Dilatando-se a prenhe alegoria
Tarado frenesi da concha ecoa
Prenda da grande ânsia genial
Represada na gaze do mais lindo
Rito da sensação universal
Fonte escorrendo néctar de um mistério
Onde as mucosas cheias vão florindo
Há um mar de essências puras, grande império